Penso, logo panico. Ninguém entende isto. Ninguém morre disto. Ninguém vive com isto porque quer. Hoje, já quase ninguém assume o medo. Fala do medo. Ou, cura o medo. Só que, o medo vive agora aqui. No dia-a-dia, no libertar das emoções, nos lugares públicos, no sonhar, na hipótese de recidiva,.. no pensar sozinha. E por isso, sinto-me culpada.
Sempre que assim o decide, aumenta a frequência cardíaca, intensifica os pensamentos catastróficos, cria a sensação de desmaio, ativa a dificuldade em respirar, estimula os afrontamentos, excita as dores torácicas. Ainda há quase um enfarte. Ainda há quase uma morte iminente. Ainda há quase descontrole total. E, após poucos minutos, desaparece, prometendo voltar.
Que inferno, isso, não é?
Ontem foi dia de Psicoterapia. Há sempre uma parte de mim que tem consciência do que está a acontecer. Daí, digo e repito: “pronto, cá está o pânico”. A seguir esqueço e por alguma razão, consinto que a mente assuma o controle. É o princípio do descalabro. Assim sendo, aqui estão reunidas algumas dicas para evitar ataques de pânicos e controlar a ansiedade. Orá cá vai:
- Meditar todos os dias;
- Fazer exercício físico;
- Escrever todos os pensamentos negativos;
- Perceber o que é que nos traz felicidade;
- Praticar o elogio;
- Aceitar que as emoções humanas podem ser positivas ou negativas;
- Parar para refletir;
- Ser resiliente;
- Desligar da rotina;
- Atrair energias positivas;
- Acreditar sempre no que está para vir.
Medo rima com segredo. E tudo isto é um enrendo digno de quem assume que a vida é uma caixinha de surpresas. Ou, temos consciência disso, ou não temos e culpabilizamo-nos permanentemente.
Bom fim de semana!