A Páscoa é sinónimo de convívio, otimismo e boas memórias. Mas, esse não é o meu caso. Detesto a Páscoa. Ou melhor, detesto que ela reavive a memória. Porque o ovo continua ainda bem presente, talvez mais do que em 2016.
E isso é algo que se prolongará pelos próximos Domingos da Ressurreição…
O Ovo não foi imune a tudo. Achava que aguentamos, podemos e ultrapassamos tudo, até tudo ser um ataque não só a mim, mas à fragilidade humana. Não sabia o que estava para vir, mas sabia que as emoções negativas dariam algum sinal de vida. E, o medo soube esperar e passou de suprimido a ativo. A ativo como as memórias que a Páscoa me traz!
Há memórias que não pedem para aparecer, elas aparecem naturalmente. Guardadas em ocasiões especiais, lugares ou cicatrizes revivem o momento uma, outra e outra vez com o mesmo poder gerador de emoções. Do ovo ficou a memória. Tenho muitas, e boas. Mas, a Páscoa não é uma delas. Pelo menos para já…
E assim vai a memória nesta casa. Vamos procurar ovos?