Quando nos perguntam: “qual é a tua estação do ano favorita”, automaticamente respondemos: a estação associada a imagens arquivadas de afectividade, nostalgia e, acima de tudo, de história. É mais esperada, menos imposta. Logo, mais vivida!
A primavera começou na terça-feira. Este início assinala o regresso da cor, da inspiração e da luz ao quotidiano dos sentidos. Os próximos meses serão de sensibilidade, numa fusão perfeita entre a mudança, numa direcção mais humana, mais genuína e mais atrevida. Descobrindo que não influenciamos as estações, as estações influenciam-nos. Mas será mesmo assim?
Com a chegada do verão, chegam também a vontade de ousar e de abusar. No entanto, quando a temperatura diminui a melancolia é a palavra de ordem no outono. A queda das folhas impulsiona uma palete de cores e uma mixórdia de estados mentais e emocionais. O calor está longe da vista, mas a história permanece colada à estação.
O inverno é introspecção. Frio por fora, quente por dentro. Onde se conclui que as estações caminham sempre acompanhadas por imagens. Pedaços de memórias que resultam de uma história que não significa, necessariamente, apenas a chegada de uma estação.
Bem-vinda primavera. Vamos criar mais uma história?