Ao fim de 3 meses voltei! Os odores, os silêncios, os aglomerados e a esperança indicam que nada mudou. A visita obrigatória está umbilicalmente ligada às imagens da memória, às pessoas do coração e às avaliações dos lugares. Isto não é um lugar de sofrimento. Isto é um lugar de entrega à resistência emocional, mental e física. E que saudades que eu tinha de sentir esta energia positiva…
Foi na passada quinta-feira, dia 8 de fevereiro, que tive consulta de Hematologia. Ainda que, hoje em dia, tenha uma relação próxima com agulhas, conheça os corredores do CHUC e domine o processo, análises – duas horas de espera – consulta, o medo das conclusões da Drª. Marília têm um poder atípico.
Então e afinal, quais foram as suas conclusões?
Acreditar. Sim, a consulta exprimiu a eficácia em/de acreditar. Acreditar na medicina, nos objetivos individuais e na fé. Acreditar no corpo, na dedicação e no afecto. Acreditar no passageiro, no otimismo e no favorável. Acreditar no acreditar para acreditar. Porque o cancro é apenas uma volta gatafunhada na resistência do ser-humano. Desaparecendo fisicamente, mas deixando uma marca na memória, no coração e na avaliação do passado, do presente e do futuro.
Em junho voltarei! Até lá, continuo a acreditar que o melhor está para chegar…