Entre a ria e o amor, há memória plantada. Onde, o roteiro do moliceiro, a doçura dos ovos e o vibrar do amarelo invadem o coração do estudante. Ali, o sal apimenta a chegada, mas deixa o odor a saudade, aquando da partida.
Os 20 viveram-se desde as ruas da Praça do Peixe até ao ISCIA. Aproveitaram o sonho de um futuro esperançoso, a aventura da eterna adolescência e a construção de uma identidade pessoal e profissional. No T0 habitavam períodos de mudança, saídas à noite, pontos de vista diferentes, noites de estudos e memórias guardadas em fotografias. O agora era a única certeza dos nossos planos!
A vida é feita de etapas, cada uma delas com um propósito. E, afinal, qual será o desta cidade? Provavelmente, a viagem a um tempo de crescimento.
A semana passada fui até à Veneza Portuguesa. Passados dois anos, desde que concluí a licenciatura, os canais trazem-me rostos. Pessoas que a areia não apaga, as ondas não as levam e o sol as aquece no meu coração. No entanto, estamos em portos diferentes, nos quais atracamos com um “lembraste” ou um “temos que marcar”. E assim, olhamos para as memórias com a certeza que o espírito de Aveiro manter-se-á para o resto das nossas vidas!
Aprendi tanto, mas tanto. Aprendi a comunicar. Aprendi fora das aulas. Aprendi sentimentos. Aprendi a lutar. Aprendi que o fim de um caminho abre tantos outros caminhos. E esta cidade preparou-me para isso.