Já passaram oito meses… em que a intensidade do sopro da notícia derrubou o célebre Castelo. Uns sentaram-se nas ruínas, outros preferiram esconderem-se nas muralhas e outros aguardaram pelo renascer das pedras!
Um passeio pela expressão emblemática do “Era uma Vez” restituiu a planta que dá sentido à vida, o equipamento que alicerça as aprendizagens e a matéria que sustenta as experiências. Da degradação do local restaram apenas 7 pedras, as quais preservaram o deslumbramento da Reabilitação.
Recuei até à Primeira Pedra, onde encontrei a envolvência da Estrutura. Elemento capaz de tranquilizar a imprevisibilidade do Destino, pacificar as interrogações do espírito, estabilizar a força física e firmar a energia do porque: porque nascemos, porque evoluímos, porque acreditamos.
Avancei até à Segunda Pedra, onde vi a protecção da Cobertura. Material que cuida do eu através do preenchimento do vazio, do encaixe da razão e do amparar da violência do como: como aconteceu, como aguento, como será.
Prossegui até à Terceira Pedra, onde senti o Revestimento. Camada que possibilita complementar o conteúdo, dilatar as impressões e estender a ambição do para: para isso, para tanto, para quê.
Continuei até à Quarta Pedra, onde visitei as Instalações. Lugar habilitado à propagação do auto, à iluminação do possível e ao alojamento do mas: mas porquê, mas para quê, mas eu.
Segui até à Quinta Pedra, onde admirei a Pintura. Técnica que reproduz a divindade do tempo, a conservação dos ponteiros e a eternidade do por: por causa, por meio, por isto.
Andei até à Sexta Pedra, onde pisei a Cerâmica. Apliquei a gratidão do oferecer, a criatividade do partilhar e a generosidade do se: se não, se for, se quer.
Por fim, cheguei até à Sétima Pedra, onde escolhi a Decoração. Projetei em cada objeto a casualidade do acontecimento, a incerteza do quotidiano e a resistência da singularidade. Sem pronomes ou advérbios interpretei que em cada Pedra está um pilar que sustenta a consciência da existência.
A intensidade do sopro diminuiu, as pedras amontoaram-se e, eu, anseio pela Oitava Pedra para abrir o meu novo Castelo!
Sabes…
Juntando as pedras do caminho, constróis o teu castelo onde vais ser a princesa mais linda.
Continuo a dizer…
Cada vez que te leio, que vais ter que passar á fase seguinte.
A tua escrita tem o dom o objectivo conseguido, quer seja analogia ou descritiva.
Sim eu acho que é um dom…
Escreves o que te vai na alma, transmites emoções , cativas.
Beijo meu doce.💝
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